Império Bizantino

O Império Bizantino se constituiu da divisão do Império Romano, no ano de 395, em duas partes: Império Romano do Oriente, com capital em Constantinopla e Império Romano do Ocidente, com capital em Milão.
A cidade de Constantinopla  foi fundada no local onde existia a colônia grega de Bizâncio (hoje Istambul), na região entre a Europa e a Ásia, na passagem do mar Egeu para o mar Negro. Protegida por muralhas e cercada de água por três lados, a península sobreviveu às invasões bárbaras em toda a Idade Média.
Destacaram-se três governadores durante todo império: Constantino (fundador de Constantinopla); Teodósio (dividiu efetivamente o império); e, Justiniano, este durante o seu governo atingiu o apogeu da civilização bizantina, pois teve uma política externa, retomou vários territórios; modificou aspectos do antigo Direito, e ainda, realizou a construção da Igreja de Santa Sofia, altamente importante por seu legado cultural arquitetônico.

ECONOMIA:
 A economia era bastante movimentada, principalmente no comércio marítimo. o estado de Constantinopla foi um eixo central em uma rede de comércio, qual era um dos fundamentos de Bizâncio, embora, a partir do século VIII e até o início do século XIV, o império tenha desenvolvido uma intensa economia rural baseada na produção de cereais, vinha e oliveira. Têxteis devem ter sido, de longe, o item mais importante de exportação.
O Estado rigorosamente controlou tanto o comércio interno como o internacional, e reteve o monopólio de emissão de moedas, mantendo um sistema monetário durável e flexível adaptado às necessidades do comércio.
A Quarta Cruzada provocou a interrupção da fabricação bizantina e o domínio comercial dos europeus ocidentais no Mediterrâneo Oriental, eventos que resultaram em uma catástrofe econômica para o império. Os paleólogos tentaram reavivar a economia, mas o Estado bizantino tardio não recuperaria o controle total de qualquer das forças econômicas externas ou internas. Gradualmente, ele também perdeu sua influência sobre as modalidades de comércio e os mecanismos de preços, seu controle sobre a saída de metais preciosos e, de acordo com alguns estudiosos, até mesmo da cunhagem de moeda.

RELIGIÃO:
O Estado bizantino herdou dos tempos pagãos os procedimentos administrativos e financeiros dos assuntos religiosos, o imperador romano era o pontífice máximo e esses procedimentos foram aplicados à Igreja Cristã. 
Os bizantinos viam o imperador como um representante ou mensageiro de Jesus Cristo, responsável  pela propagação do cristianismo entre os pagãos e pelos temas que não se relacionavam diretamente à doutrina, como administração e finanças. 
A Igreja de Constantinopla tornou-se o mais influente e rico centro da cristandade. Mesmo quando o império foi reduzido para apenas uma sombra de seu esplendor, a Igreja continuou a exercer influência significativa tanto dentro como fora das fronteiras imperiais.
A doutrina cristã oficial do Estado foi determinada pelos primeiros sete concílios ecumênicos e o imperador tinha o dever de impô-la a seus súditos. Um decreto imperial de 388, que foi depois incorporado no Código de Justiniano, ordenava que a população do império "assumisse o nome dos cristãos católicos" e considerava que todos os que não cumprissem a lei seriam seguidores de "dogmas heréticos".
A religião foi fundamental para a manutenção do Império Bizantino, pois as doutrinas dirigidas a esta sociedade eram as mesmas da sociedade romana. O cristianismo ocupava um lugar de destaque na vida dos bizantinos e podia ser observado, inclusive, nas mais diferentes manifestações artísticas. As catedrais e os mosaicos bizantino estão entre as obras de arte e arquitetura mais belos do mundo. 

SOCIEDADE: Hierarquia.
·         No topo encontrava-se o Imperador e sua família;
·         Logo abaixo, ficava a nobreza, que era formada pelos assessores do Imperador;
·         Em seguida, o alto clero, que era privilegiado com sua posição hierárquica;
·         Depois vinha a elite, que era composta de fazendeiros, comerciantes e donos de oficinas artesanais;
·         Havia uma camada média da sociedade formada por pequenos agricultores, baixo clero e trabalhadores de oficinas de artesanato;
·         A maior parte era formada pelos pobres camponeses que ganhavam pouco e tinham de pagar altas taxas de impostos.

DECADÊNCIA:
Tendo ocorrido a divisão entre a Igreja Católica e a Ortodoxa, a cidade de Constantinopla acabou se mantendo distante das povos ocidentais. Isso fez com que os turcos se preparassem. O imperador João VIII solicitou um concílio na Itália, onde se resolveu o problema entre as duas igrejas. Assim, em abril do ano de 1453 a cidade foi oficialmente bloqueada pelos turcos, disparando o canhão voltado para o Vale do Rio Lico, a Muralha continuou intacta aos primeiros ataques, no entanto, em menos de uma semana sua fortaleza começou a ceder. Inicialmente os bizantinos venceram as primeiras batalhas, porém, foram avistados navios enviados pelo Papa e navio o grego (chegando com êxito). E assim, seguiu diversos ataques até que ocorreu o último deles ao dia 28 de maio, o ataque foi ordenado por Maomé II.
Durante o ataque um grande canhão abriu uma ferida na muralha, local onde os turcos centralizaram o ataque. Constantino pensou em contornar a situação, tentando o conserto da muralha. A medida que se preocupava com os ataques no Lico, deixou o portão do noroeste da muralha semiaberta. Nesse momento alguns otomanos invadiram o espaço entre as muralhas.                                         Assim, em pleno combate, teve-se a decadência final de Constantinopla, pois o imperador Constantino XI lançou-se ao combate e nunca mais foi visto.



Fontes:

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